Indíralo: como não fazer algo individualmente
com María Jerez, Quim Pujol | 5 — 9 julho | Centro Cultural do Alviela, Portugal
María Jerez, em colaboração com Quim Pujol, convida-nos a trabalhar com o imperativo de um verbo inventado, “indíralo”, cuja definição seria “não fazer algo individualmente” e que designa uma prática na qual as ações se influenciam umas às outras. Nesta prática, é impossível fugir ao corpo coletivo e as ações, descobertas, composições e estados têm sempre de ser definidos à medida que ocorrem na comunidade, entendendo-a num sentido tanto humano como não-humano.
Durante uma semana, trabalharemos na coreografia de um cérebro múltiplo e divergente que não se desloca numa só direção, mas antes ao longo de muitas linhas simultâneas sem alcançar acordos coletivos. Esta coreografia implica relacionarmo-nos com o que não conhecemos e ainda não foi definido. Trata-se de um estado de incerteza coletiva.
Sabemos que estamos juntos “nisto”, mas “isto” nunca é definido, é um enigma que mantemos entre nós, humanos e não humanos. Como podemos relacionar-nos com esta suspensão de sentido e significado? “Indíralo” é a celebração deste relacionamento, desta junção no enigma.