Um ator/atriz-performer em cena. Para que o fenômeno teatral/performativo se dê, alguém deve interagir com ele/ela. Sem luz, é certo, ele não será visto. Um ator/atriz-performer em cena. Ele/ela é atravessado por tudo aquilo que o circunda. Para interagir com o que está a sua volta, é importante, porém não imprescindível, que ele/ela veja. Sem luz, ele/ela não verá. Pode-se pensar que a primeira função da luz na cena é dar a ver. Hoje em dia, ela está longe de ser a única. A luz se constituiu como linguagem e é uma das mais poderosas interferências na narrativa cênica. Quem está em cena pode se deixar atravessar por esta avassaladora torrente. Como se dá este atravessamento? Como a iluminação pode criar espaços, modificar a percepção do tempo, modificar as atmosferas sensoriais, indicar caminhos para atores, encenadores e público? Não sei se há respostas definitivas a tais questões, mas, pelo menos, podemos pensar e conversar sobre elas!
Esta conversa decorrerá no dia 12 de Julho, pelas 18h na sala 5.2 da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.