O Teatro Meridional, o Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e a Companhia de Teatro Lendias D’Encantar apresentam no sábado, 18 de janeiro, às 17:00, os textos: “O Sonho de Alguém” de Lara Morgado, resultante da 5ª Edição do Laboratório de Dramaturgia e “A Infinda Apetência da Luz do Sol” de Eduardo Molina, vencedor do prémio “Nova Dramaturgia” 2019. Às 18:00 segue-se uma conversa conduzida por Tiago Fernandes da Companhia de Actores a António Revez da Companhia Lendias d’ Encantar.
LANÇAMENTO LIVRO | 17:00
5ª Edição do LABORATÓRIO DE DRAMATURGIA: “O SONHO DE ALGUÉM” de Lara Morgado com apresentação de Armando Nascimento Rosa.
O Laboratório de Dramaturgia é uma iniciativa do Teatro Meridional em colaboração com o Centro de Estudos de Teatro da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que se desenvolve desde 2013, pretendendo incentivar a criação de textos inéditos em língua portuguesa, associando escritores a um painel de artistas e académicos, num trabalho conjunto que acompanha a escrita de um texto. A 5ª Edição deste Laboratório, que decorreu entre janeiro e setembro de 2019, propôs como mote para a escrita de textos um tema, desmultiplicado através das seguintes questões: ‘Quem fala por ti?’, ou ‘A quem emprestas a tua voz?’, ou ‘Como é que te fazes ouvir?’; e a partir também das seguintes Palavras Chave: Conflito; (In)coerência; Individual / Coletivo; (In)visibilidade; Medo; Representação / Representatividade; Sobrevivência.
Do trabalho realizado, resultou o texto O SONHO DE ALGUÉM, de Lara Morgado, que é agora publicado na coleção “Nova Dramaturgia Portuguesa”, em parceria com a Companhia de Teatro Lendias d´Encantar e com a Folha de Medronho – Artes Performativas.
Sinopse:
Numa macabra coincidência, duas mulheres encontram-se no mesmo dia, à mesma hora, numa linha do comboio para pôr termo à vida. A morte fica em suspenso e a vida apresenta-se para um impensável confronto.
PRÉMIO NOVA DRAMATURGIA 2019: “A INFINDA APETÊNCIA DA LUZ DO SOL” de Eduardo Molina
A cada trimestre, em simultâneo com a Escenarios, a Lendias d’Encantar publica um novo volume da colecção “Nova Dramaturgia Portuguesa”, constituído por dois novos textos nacionais. Para além do contributo evidente para a promoção de obras inéditas e originais, escritas em português, valoriza a literatura dramática enquanto género artístico autónomo. Esta iniciativa pretende também colocar à disposição de profissionais das artes de palco novas ferramentas de trabalho.
Sinopse:
Ninguém nos ensina a dizer adeus. Nem a nossa mãe, nem por quem nós passa, ou os que nos são mais próximos.
Não nos ensinam a moderar os dedos magros apertados às coisas, agarrados a tudo, sem saber, sem querer largar.
Estes lugares são as ruas, os sítios onde me fui desfazendo. As calçadas que são as minhas dependências, os degraus em que esperei em vão, as portas onde fiquei a olhar para trás. Os escombros do tempo. Os círculos que vou vincando com o compasso repetidamente para lá da folha, para lá da mesa, para lá de mim já.
Ainda me demoro nos degraus, nas portas, com o dia a nascer, à espera de quem parte, de quem partiu, de quem nunca me despedi, do meu primeiro amor. Eu sou a luz nocturna das fachadas, alaranjada. Eu sou a simulação do pôr-do-sol quando ele se vai.
CONVERSA E REFLEXÃO | 18:00
Conversa conduzida por Tiago Fernandes da Companhia de Actores a António Revez da Companhia Lendias d’ Encantar. Pretende-se, num ambiente informal, fomentar o diálogo e a partilha sobre as escolhas de programação, os objectivos artísticos, a relação das Organizações com os públicos e o levantamento de um conjunto de considerações que, sendo específicas, são responsáveis pela singularidade dos percursos das Companhias.
INFORMAÇÕES
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