PASSADO E PRESENTE: LUGARES DAS ARTES CÉNICAS DO PÓS-25 DE ABRIL

As II Jornadas de Estudos de Teatro, organizadas pelo Centro de Estudos de Teatro da FLUL, decorreram nos dias 24 e 25 de outubro de 2024, na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, subordinadas ao tema «Passado e Presente: Lugares das Artes Cénicas do Pós-25 de Abril».

Depois de em 2022, as I Jornadas terem recordado o legado de José Alberto Osório Mateus no que aos Estudos de Teatro diz respeito, na Faculdade de Letras, mas também no país, em 2024 foram as celebrações do cinquentenário da Revolução de Abril que serviram de mote para dois dias de encontro, durante os quais esse momento da história recente de Portugal foi revisitado.

As jornadas integraram várias iniciativas:

A exposição «Restos e Rastos do teatro num tempo revolucionário/ado», uma mostra documental e bibliográfica, a partir dos acervos de Osório Mateus, Mário Barradas, Luiz Francisco Rebello; 

A mesa-redonda «Fios da Memória: Palcos do 25 de Abril», com vários convidados a lembrar e a problematizar os palcos de Abril (ontem e hoje): Carlos Paulo, Fernanda Neves, Gonçalo Amorim, Joana Craveiro e Luís Varela; 

– O «Microfone Aberto», um momento em que várias pessoas cujo envolvimento com as artes cénicas nesse período foi muito diverso, pegaram no microfone e partilharam como o teatro entrou nas suas vidas depois da revolução de Abril;

«Palavras Livres», ação de leitura de textos de e sobre teatro escritos entre Abril de 1974 e 1976, realizada por membros do CET e atores convidados que percorreu diversos espaços da Faculdade;

A apresentação do projeto «Performance e teatro durante o PREC», financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia, que visa recuperar a memória do teatro durante o Processo Revolucionário em Curso.

1ª ESTAÇÃO – Excertos da mensagem de Luiz Francisco Rebello, pelo Centro Português do Instituto Internacional do Teatro a propósito do Dia Mundial do Teatro – 1975 Fonte: Boletim da FAPIR, número especial, 1978, p. 37. Por Luís Lucas.

2ª ESTAÇÃO – Bernardo Santareno, Português, escritor, quarenta e cinco anos de idade, Lisboa, Ática, 1974, pp. 42-44. Bernardo Santareno, Português, escritor, quarenta e cinco anos de idade, Lisboa, Ática, 1974, pp. 42-44, 1974. Estreia a 6 de Julho de 1974, no Teatro
Maria Matos em Lisboa, pela Companhia da RTP, com encenação de Rogério Paulo.
Por Paulo B., João Nuno, Marques d’ Arede.

3ª ESTAÇÃOTextos políticos:
A) Talvez que. Fonte: Os Bonecreiros, História exemplar de um traficante de armas, Programa,1975. Biblioteca da FLUL, PRG0323-O. Por Vera San Payo de Lemos.
B) Lutar. Excerto das Bases de Acordo da AGIT – Associação de grupos Independentes de Teatro – fevereiro de 1976 – e da qual faziam parte O Bando, A Barraca, Os Bonecreiros, Os Cómicos, Comuna, Cooperativa Rafael de Oliveira, Grupo de Teatro Proposta, Grupo de Trabalhadores de Teatro da Casa da Comédia, Grupo 4, Seiva Trupe (Porto), Teatro da Cornucópia e Teatro-Estúdio de Lisboa. Fonte: Boletim da FAPIR, número especial, 1978, p. 37. Por Carla Maciel.
C) A saber. Fonte: ARQUIVO COMUNA (1975), Oito companhias de teatro independente, Manifesto de análise da política teatral [documento de 6 páginas datilografadas, de 5 de agosto de 1975], Arquivo do Teatro da Comuna, dossier “S.E.C/DGE/Fundo de Teatro”. Por Paulo Oom.
D) Resistir, Fonte: Boletim da FAPIR, 1, janeiro, 1977. Por Francisco Pestana.

4ª ESTAÇÃO18 de Janeiro de 1934 / Quadro VIII.
[Colectivo Teatro Operário / Hélder Costa], Cadernos Teatro Operário, 18 de Janeiro de 1934, 1975, pp. 23-25. Por: Marques d’Arede Paulo B, Teresa Faria, João Nuno, Luís Lucas, Paulo Oom.

5ª ESTAÇÃOManifesto.
Secretariado nacional provisório da FAPIR (Frente dos Artistas Populares e Intelectuais Revolucionários), Texto policopiado, 1976. Biblioteca da FLUL,OM-III, 25. Por Carla Maciel.

6ª ESTAÇÃOPoemas.
A) Ary dos Santos, Homenagem ao povo do Chile, final do 1.º Acto de Uma no cravo, outra na Ditadura (1974) in Luiz Francisco Rebello, História do Teatro de Revista em Portugal, Lisboa: Publicações Dom Quixote, vol 2, p. 170. Por Paulo B.
B) Ana Hatherly, poema Esta gente / essa gente, antes de 1974 in A Barraca, Ao qu’isto chegou. Feira portuguesa de opinião, Lisboa, Editorial Estampa,1977, p. 12. Por Patrícia André.
C) Maria Teresa Horta, TRÊS POEMAS, in Mulheres de Abril, 1976; A Barraca, Ao qu’isto chegou. Feira portuguesa de opinião, Lisboa, Editorial Estampa, 1977, p. 12 e pp. 260-262. Por Natália Luiza.

7ª ESTAÇÃOTeatro de revista.
Olívia, Olívia, C. de Oliveira, R. Bracinha, Ary dos Santos e Bernardo Santareno, Teatro ABC, Pra trás mija a burra (1975), in Luiz Francisco Rebello, História do Teatro de Revista em Portugal, Lisboa: Publicações Dom Quixote, vol 2, pp. 272-273. Por Teresa Faria, Francisco Pestana, João Nuno.

8ª ESTAÇÃONão à pornografia.
Abaixo-assinado com assinaturas de José Viana, Dora Leal, Rogério Paulo, entre outros, Biblioteca da FLUL, MB-cx. 31. Por Patrícia André.

9ª ESTAÇÃOArraia miúda.
Jaime Gralheiro, Texto de apresentação do espectáculo ARRAIA MIÚDA, pelo Cénico – GTP de S. Pedro do Sul, 1976. Biblioteca da FLUL, PRG 0318-OM. Por Paulo Oom.

10ª ESTAÇÃOCríticas.
A) Nota crítica a Liberdade, Liberdade, de Millör Fernandes e Flávio Rangel, adaptação de Luís Francisco Rebelo, Luís de Lima e Helder Costa, no Teatro Villaret – Vida Mundial de 24 de outubro de 1974, Biblioteca da FLUL, OM III-7. Por João Nuno.
B) José Valentim Lemos, O Dia, crítica ao 1.º espetáculo de a Barraca a cidade dourada ou nem tudo o que luz é ouro (6 de março de 1976). Por Paula Magalhães.
C) Osório Mateus, «Um espectáculo gigante – o Brecht do Grupo 4», Opção 7, de 10 de junho de 1976, in de teatro e outras escritas, Lisboa: Quimera, pp.448-455. Por Vera San Payo de Lemos.

11ª ESTAÇÃOA GENTE.
Maria Velho da Costa, “A gente”, (Julho 1975), in Cravo, desenhos de Ilda David, Lisboa, Assírio & Alvim, 2014, p. 91-97, aqui p. 93, p. 96-97 Excertos de um texto integrado no número da revista cultural espanhola Litoral, dedicado à Revolução Portuguesa. Por Natália Luiza.

12ª ESTAÇÃOOcupações.
Teatro Ocupação 1 Carlos Avilez, s.d. (1974) Arquivo Teatro Experimental de Cascais, TEC GERAL I, n. 199. Por Teresa Faria.
Teatro ocupação 2 João Mota, Comuna Teatro de Pesquisa, RTP Arquivos em https://arquivos.rtp.pt/conteudos/tv-palco-99/.? (programa TV Palco de 27 de Março de 1975. Por Luís Lucas, Francisco Pestana, João Rodrigues (música).

13ª ESTAÇÃOBertolt Brecht, O círculo de giz caucasiano, cena final, versão de Luiz Francisco Rebello. Estreia a 25 de Maio de 1976, em Lisboa, pelo Grupo 4, com encenação de João Lourenço, por ocasião da inauguração do Teatro Aberto. Por Paulo Oom, Paulo B, Marques d’Arede, Carla Maciel, Patrícia André, Vera San Payo de Lemos.

14ª ESTAÇÃO FOGO.
Comuna Teatro de pesquisa cartaz do espetáculo, 1976 Por – Todas as Pessoas.



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