Conhecer a História da Dança em Portugal passa, hoje, por pensarmos hoje num espaço global, atravessado e em relação. A dimensão histórica, social e política convocada no projecto expositivo Para uma Timeline a Haver — genealogias da dança enquanto prática artística em Portugal que apresentamos nos Foyers do Auditório de Serralves, integrada na 6ª Edição do Festival DDD, contribuirá seguramente para o fazermos, para aprofundarmos o nosso conhecimento sobre este campo.
Partindo de uma reflexão sobre o presente, a equipa autora da exposição construiu uma complexa metodologia histórica e artística que a levou a uma investigação aprofundada e multidisciplinar, para sempre em curso, sobre os processos criativos, filosóficos e simbólicos que marcaram a Dança no séc. XX e início do séc. XXI, no país.
Para uma timeline a haver — genealogias da dança enquanto prática artística em Portugalé um exercício coletivo de sinalização de marcos relativos ao desenvolvimento e disseminação da dança como prática artística em Portugal nos séc. XX e XXI. Levado a cabo intermitentemente desde 2016 e assumindo o presente como lugar de enunciação, a cada edição sofre mutações que levam a uma reconfiguração física e metodológica do que é dado a ver. Combina fontes bibliográficas com escuta de testemunhos, recolha de documentos originais com pesquisa iconográfica, desenho de narrativas e relações, procurando criar um lugar múltiplo para a compreensão do que é ou pode ser a dança, e propondo uma familiaridade com obras, autores, “cânones”, corporalidades, épocas e mundividências, interrogando-os estética e politicamente.
Já estão disponíveis os videos relativos às visitas guiadas realizadas por Elisa Worm (dia 13 de Junho), Manuel Loff (dia 18 de Junho), Joana Providência (30 Junho) e pelos curadores (dia 10 de Julho). Lançamento do jornal Coreia e mesa redonda no dia 9 de Julho. Encerramento da exposição a 11 de Julho.